Sinistros que envolvem condutores de moto estão em alta em Salvador. Dados da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) indicam que, em 2025, 76% dos casos na cidade envolveram motociclistas. O número acende um alerta para a necessidade de ampliação das ações de segurança viária e educação no trânsito. Apesar de avanços, a alta incidência de sinistros com motociclistas ainda é uma preocupação constante.
Ainda segundo a Transalvador, houve queda de 37% nas mortes de motociclistas no primeiro semestre de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior.
A saída para preservar vidas e evitar sinistros é apostar na educação de trânsito, segundo o presidente da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (ABRAMET).
“É fundamental que intensifiquemos as campanhas de conscientização e educação no trânsito, além de fiscalizar o cumprimento das leis e promover a melhoria da infraestrutura viária”, afirmou, ao reforçar que “a segurança dos motociclistas deve ser uma prioridade para todos os envolvidos no sistema de trânsito”, comentou o presidente da ABRAMET.
Recentemente, a capital baiana adotou a motofaixa na Avenida Bonocô. Segundo a pasta, o projeto apresentou resultados positivos, com redução expressiva de sinistros na via. Meira também comentou sobre a inovação:
“A motofaixa pode trazer benefícios quando planejada com critérios técnicos e acompanhada de campanhas educativas, mas não pode ser tratada como uma solução isolada. Cada intervenção deve ser avaliada dentro do contexto da mobilidade e da segurança viária”, destacou.
Com o resultado positivo, a Transalvador estuda ampliar a iniciativa para outros pontos da cidade, a exemplo da Avenida Paralela, considerada uma das áreas mais críticas para sinistros de moto. No entanto, a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), só deve liberar novas autorizações a partir de março de 2026.
Bahia figura entre os estados mais perigosos para dirigir, aponta levantamento – Um levantamento do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) aponta que a Bahia é o sétimo estado menos seguro para motoristas no Brasil. O estudo avaliou os 26 estados e o Distrito Federal, que liderou em gestão de segurança e fiscalização. O Amazonas registrou as piores notas em infraestrutura e fiscalização.
“Pequenas atitudes, principalmente no trânsito, podem fazer toda a diferença. Afinal, a segurança no trânsito depende de cada um de nós. Reforço que é imprescindível respeitar as leis, dirigir com atenção e priorizar a vida. Medidas simples podem transformar a Bahia em um lugar mais seguro para todos”, concluiu Meira.







