O endividamento ainda é um problema para 78,5% das famílias brasileiras, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O percentual teve um avanço de 0,2 ponto percentual em junho, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (11). Este é o maior volume da série histórica, iniciada em janeiro de 2010 e o aumento do número de endividados interrompe uma sequência de quatro meses de estabilidade do indicador.
A pesquisa mostrou que, mesmo com o aumento do endividamento em junho, um mês antes do que a CNC estimava, a parcela média da renda comprometida com dívidas registrou o menor percentual desde setembro de 2020, ao atingir 29,6%.
O volume da inadimplência seguiu o movimento de avanço do endividamento em junho. O total de famílias com dívidas atrasadas chegou a 29,2%, o que significa alta de 0,1 ponto percentual. Do total de consumidores com dívidas atrasadas, 4 em cada 10 entraram em junho sem condições de pagar os compromissos de meses anteriores, maior proporção desde agosto de 2021.
As regiões Sul e Sudeste foram as que tiveram maior número de famílias endividadas. A população de Minas Gerais é a maior endividada entre os estados, com 94,9% do total.