Os toques dos atabaques e do agogô do grupo Omo Obá e a Banda Filhos de Arayé vão movimentar o Carmo a partir deste domingo(3), às 16hs. Esse será o primeiro ensaio para o Carnaval de 2026 do Afoxé Filhos de Korin Efan que celebra a cultura afro brasileira a cada evento. “O intuito destes ensaios e a retomada das temporadas de ensaio do bloco, trazendo convidados do cenário musical de grupos Afros que tem a musicalidade de matriz africana como instrumento de resistência e transformação”, afirma Elisângela Silva, presidente da instituição.
O grupo promove a preservação da tradição religiosa e cultural alinhada com ações sociais. No último sábado o Afoxé Filhos de Korin Efan realizou a oficina de confecção de instrumento musical, Xequerê(Agbé), que tem grande relevância para os Afoxés. A edição teve a participação de 45 alunos que confeccionaram 90 instrumentos musicais.
A instituição se consolidou como um dos mais importantes grupos culturais de matriz africana da Bahia, harmonizando tradição religiosa, carnaval e ações sociais. Fundado em 2002 pelo Ogan Erenilton (in memorian), Elemaxó da Casa de Oxumarê, e hoje presidido por Elisângela Silva,sua filha, o afoxé transcendeu as ruas do Pelourinho para se tornar símbolo de resistência negra e promoção comunitária.
Desde a criação do programa Ouro Negro ,o grupo leva para os circuitos do Carnaval, toda a beleza e sonoridade do Ijexá. O Afoxé Filhos de Korin Efan, se tornou Pontão de Cultura da cidade de Salvador, reconhecido pela Fundação Gregrório de Matos, através do programa da prefeitura de Salvador, Cultura Viva Salvador e tem o desfile de Afoxé reconhecido como patrimônio Cultural e imaterial da Bahia, , o que demonstra a força, resistência e transformação social que esses grupos de afoxé proporcionam para a cultura, considerados candomblés de rua, com sua musicalidade, danças, vestimentas e toda uma tradição de empoderamento e de cunho social.